segunda-feira, 4 de junho de 2007

Um coma de 19 anos

Tenho acompanhado, curiosa, o caso do polonês que permaneceu 19 anos em coma e que recuperou a consciência. Em 1988, os médicos disseram a sua mulher e filhos que ele teria dois ou três anos de vida, em coma. Ele ouvia tudo e nao podia se comunicar. Estava totalmente em coma. Mesmo neste estado e sem poder falar, Jan Grzebski percebeu os cuidados de sua abnegada mulher durante os 19 anos. Ela fazia o trabalho de toda uma equipe especializada no cuidado intensivo de seu marido. E ele percebia tudo!
Este fato me impressiona e confirma o que eu sempre pensei: as pessoas nos ouvem e nos sentem quando estao em coma.
Recentemente, quando acompanhei Lucinha em seu coma - que durou uma semana antes de seu falecimento -, eu pude sentir com clareza que ela me ouvia. Eu tinha certeza que ela me ouvia! E, diante destes fatos, penso que nao me enganei.
Enfim, a história de Jan Grzebski é comovedora. Ele entrou em coma quando a Polônia era comunista e havia um seríssimo problema de racionamento de comidas. Despertou com uma Polônia capitalista e pertencente à Comunidade Européia. Ele acaba de conhecer seus 11 netos e, numa entrevista à TV, disse que está muito surpreso com a evoluçao do mundo. E nao é pra menos!

5 comentários:

Marcia disse...

um dos muitos contos que escrevi, em uma fase distante, falava de um amor assim. na minha cabeça meio doente a história tinha até trilha sonora. :P

também fico impressionada com a mente humana.

Thelma disse...

Marcia
Realmente, que amor! Um amor assim é TDB (tudibom). Muito linda esta história!
Cadê o conto com trilha sonora?

Maria Helena disse...

Thelma,
Esse caso, é tão trágico e tão belo ao mesmo tempos, que nos ensina que o amôr, o carinho e a dedicação são elementos fundamentais para a nossa vida.
Beijos

Unknown disse...

Que bacana, Thelma! Só um AMOR de verdade pra durar todo este tempo nesta situação. Feliz dele que conseguiu. E que bom pra Lucinha tu estares ao lado dela!

Bjs.



Márcia, o conto, o conto?

Thelma disse...

Maria Helena
É realmente trágico e belo!

Rosamaria
Dentro da imensa dor, fiquei feliz de poder acompanhar Lucinha até seu último suspiro.