segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Praia dos Carneiros

No litoral sul de Pernambuco existe uma praia liiiiiinda, ainda pacata, sem grandes movimentos, com águas transparentes, onde se pode ver os peixinhos, caminhar tranquilamente, apreciar as diferentes cores do dia, conversar com os pescadores, ouvir a sinfonia dos coqueiros... é um lugar onde ainda se pode ouvir e sentir a natureza - sem as músicas e os demais ruídos típicos da concentração de gente, que busca freneticamente o "descanso". E, o principal, esta praia não tem a sujeira que evidencia a falta de educação e de consciência de seus freqüentadores.
Passei três dias e queria ter ficado mais. Voltarei. Voltarei antes que construam supermercados, casas e que povoem completamente este paraíso.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

2009

Desejo aos meus amigos e amigas um feliz Natal e um 2009 maravilhoso!!! Tudo de bom para todos e todas!!! Que seja um ano estupendo, de realização de sonhos e de muita saúde!
No ano que passou, algumas pessoas estiveram mais próximas e presentes dos meus momentos, que, de certa forma, foram um pouco mais difíceis - como para zilhões de pessoas. Fui apenas mais uma nesta humanidade impressionante a reavaliar sentimentos, conceitos, posturas e vínculos. E, durante todo o tempo, nos momentos mais complicados e em que estive mais frágil, algumas pessoas me acompanharam e me ajudaram, mesmo de longe. Percebo a beleza e a importância da palavra e dos atos de amizade. Como é bom ter amigo(a)s!!!
A estas pessoas, especialmente, que formaram uma rede de carinho e compreensão, cuja firmeza me deu sustentação e não me deixou desanimar e nem desabar, muito obrigada!!! Continuo meus caminhos e movimentos graças a vcs. A todos e todas, um 2009 muito feliz!!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Fortaleza, novamente


Nao dá para entender como o prefeito de Fortaleza permite que o centro da cidade esteja na situaçao de sujeira e degradaçao que se encontra. Evidentemente, os turistas vêem outra perspectiva da cidade, pois quando conhecem a orla marítima, com suas ruas organizadas e limpas, têm uma impressao bem distinta. Fortaleza é uma graça de cidade, mas nao pode ficar abandonada assim, apenas com a valorizaçao e o cuidado das zonas frequentadas pelos endinheirados.
Ontem, passeando pelo centrao, nao pude deixar de comparar esta cidade com Recife e, por incrível que pareça, Recife se saiu bem melhor no quesito limpeza e organizaçao. Verdade!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Romance

Romance é um filme de Guel Arraes e Jorge Furtado, estes dois talentos que renovam a dramaturgia brasileira. Excelente! Leticia Sabatella e Wagner Moura dão show. O filme conta a história de dois atores que se apaixonam durante a montagem teatral de Tristão e Isolda. É um filme-teatro que fala sobre o amor. Muuuuito bom!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Uma homenagem/despedida

Neste catinho particular, gostaria de prestar uma homenagem a um homem-monumento, como sua esposa e companheira de 60 anos de convivência o denominava. Durante tempos ele foi o único sobrevivente de uma geração de Panerai. Agora, ele partiu. Ficam as outras gerações.
Coloco aqui um texto escrito por sua alma gêmea...e tão gêmea!

Meus amigos e parentes.
Perdi o que de mais caro havia para mim.
Perdi a bússola que norteava o meu caminho e meus impulsos e decisões.
Perdi a estrela que me conduzia pelo céu da minha vida.
Perdi o pai, perdi o irmão, perdi o amigo, perdi o mestre, perdi...
Acima de tudo, perdi a motivação para novos impulsos.
Precisei me curvar: entender, aceitar, resignar, suportar, cair e levantar, morrer e renascer.
Precisei da coragem; precisei me despir dos medos, do pavor à morte, ao inexorável.
Precisei curvar, ajoelhar-me e precisei ajoelhar-me, e precisei ajoelhar-me, ajoelhar-me... precisei rezar, rezar rezar.
Precisei pedir ao "Alguém" que viesse muito ligeiro recolher aquele que, diante de mim, diante dos demais: médicos, enfermeiros e de nós...
Padecia do mal da morte e do direito de morrer...
A despeito do terror e do medo
-- e da ira,--
precisei....
precisei pedir ao Alto a coragem, o alento da aceitação para não capitular e não partir junto.
Precisei, enfim, deixar que partisse,
precisei curvar a cabeça e entender que, mesmo ali, era preciso ter a dignidade de ser um SER que ainda vivia...
e o direito que tinha de sair da frente de batalha...
como Herói. E assim foi.
Teve seus momentos aquecidos com o amor dos filhos,
netos, bisnetos e o meu.
E, assim como veio ao mundo, envolvido simplesmente na placenta materna, partiu, envolvido no singelo lençol/manto lhe cobrindo o corpo nu. E, ainda, o direito de ser conduzido como desejou:
Singelamente, do leito de morte à
Capela do Crematorio
numa cerimônia íntima,
assistido,simplesmente
por seus descendentes diretos,
-- como pretendeu e assim foi --.
Estou em paz; triste mas me paz..
Não sei se vou aprender a perdê-lo,
Afinal é a primeira vez que ele me deixa, em sessenta anos.de convívio.
Mas, com certeza, esse "deixa" terá um tempo de espera muito curto.
Logo o verei,
-- como ficou estabelecido,--
nos nossos momentos mais íntimos.
Eis porque,
Lydio Panerai,
Monumento. Meu mais amado companheiro, teve como direito seu,
à incognitade de ir assim como veio.
Num Parto íntimo, quieto e privado.
(Como todos os partos)
Na Capela de cremação,
aonde o prantearam como desejaram,
soltos e libertos ao sofrimento, seus filhos, netos/bisnetos e eu,
-- chorando silenciosamente --
aquele momento
tão nosso, tão íntimo,
tão derradeiro.
Peço a todos, amigos e parentes
que entendam e
-- acima de tudo --
peço que lhe dispensem um minutos de silêncio.
Grata a todos os que
-- como nós--
o amaram tanto.
Ele mereceu.
E, ainda,
Grata em nome dos nossos filhos,
nossos netos,
nossa Dor.
Nossa saudade...
Maria Panerai.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Mucuripe

Fortaleza. Cidade diferente. Dorme pela manhã e funciona parte da noite.
Caloooooorrrrr nesta manhã silenciosa.